sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

TÉCNICAS BÁSICAS DE SEGURANÇA E RESGATE

Nadando em corredeiras
Há dois modos básicos: se deixar levar na clássica posição "pés para frente e bem próximos a superfície" ou assumir uma posição mais ativa e realmente nadar para um local seguro.
O primeiro modo funciona bem em corredeiras rasas e que logo terminam num poço tranqüilo mais na frente. O importante é literalmente deitar-se na água e se manter o mais na superfície possível evitando o risco de se machucar e de se engatar em possíveis obstáculos do fundo (é melhor bater a bunda que as canelas). Não tente ficar em pé e sair andando enquanto não estiver em
águas realmente quase calmas. Olhe para frente, procurando identificar possíveis obstáculos.
O segundo modo funciona melhor em quase todos os outros casos com a ressalva que turistas em geral não sabem identificar "locais seguros" para onde nadar! Em rios com corredeiras contínuas ou muito volume d'água, se deixarmos passivamente que a água nos leve vamos acabar caindo em todas as corredeiras do caminho até chegarmos ao oceano. É o caso então de realmente nadarmos, estilo crawl ou peito, em direção a margem ou a algum remanso por menor que seja. Se no caminho percebermos que está ficando raso, então botamos os pés para frente até a situação melhorar e depois nadamos novamente. É preciso cuidar para economizar energia. Não se afobar à toa e guardar fôlego para quando preciso. Relaxa...
Em refluxos
A situação de ficar preso em um refluxo tomando seguidos caldos não é nada agradável.
Calma é essencial. Enquanto estiver na superfície, tente nadar para um dos lados. Se não sair por aí, tente o outro lado. Se ficar evidente que não dá para sair por cima, tente mergulhar e alcançar a água que solta pelo fundo do rio. Na maioria das vezes a própria água faz isto por você. O mais importante
nesta hora é manter a calma para não desperdiçar forças e respirar apenas nos momentos que estiver na superfície! Relaxa...
Em redemoinhos
Se estiver nadando em uma corredeira com grande volume de água pode se preparar para enfrentá-los nas linhas que dividem o canal principal dos remansos assim como ao final das corredeiras, antes de acalmar.
Redemoinhos grandes costumam puxar suas vítimas para as profundezas, mesmo que estas estejam vestindo dois ou três coletes salva-vidas. Entretanto logo soltam de volta para a superfície.
Relaxa...
Quanto a galhos
Nade para longe! Galhos são como uma rede: deixam a água passar mas o mantém preso.
Se realmente não tiver jeito e você for de encontro a troncos, árvores, etc; bote as pernas para trás e nade crawl na direção dos mesmos. A técnica pode parecer suicida, mas a idéia é pegar velocidade e pular por sobre o obstáculo com o auxílio das mãos.
Modo bola
Um terceiro modo de "sobreviver" a corredeiras é encolher as pernas e fechar-se em posição fetal evitando assim o risco de se engatar em obstáculos do fundo. Esta posição é particularmente recomendada quando se vai cair em um salto, por exemplo.
Subindo no bote
É algo que parece simples, mas também requer seu jeitinho.
Segura-se no cabo lateral ou nas alças com as duas mãos, um pouco mais afastadas que a largura dos ombros. Pernas para trás, pés o mais na superfície possível (corpo na horizontal, não na vertical). Esticam-se os braços para pegar impulso e sobe-se sem soltar as mãos do cabo, estendendo-se os braços para baixo. Com o tórax já quase em cima, batem-se as pernas na água para ajudar, num movimento tipo "golfinho".
Se você estiver agarrado rio acima, será mais difícil que rio abaixo, pois a correnteza tende a empurrar suas pernas para baixo do bote, dificultando o impulso.
Desvirando
O guia deve sempre levar consigo uma fita com um mosquetão na ponta. Ela é levada presa na cintura ou no bolso do colete. No bolso, se houver um, além de ser mais rápido de sacá-la é mais seguro.
Teoricamente é coisa simples: sobe-se no bote, saca-se a fita, engata-se no cabo lateral e fazendo-se peso para trás desvira-se o bote.

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